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Compreendendo a Economia com exemplos: CPI da Previdência Social.

  • Ana Paula Salviatti
  • 24 de out. de 2017
  • 2 min de leitura

A matéria desta semana sobre economia é o relatório da CPI da Previdência Social.


Gostaria de pedir um minuto da sua atenção para compreender, através desse exemplo, como a economia funciona.


A síntese do relatório choca, mas não surpreende. As interpretações em economia podem e são muito discrepantes sobre temas básicos.


O tamanho da desproporção de uma interpretação pra outra é uma grande oportunidade para compreendermos o q estamos tentando dizer o tempo todo. Além de não ser exata, a economia é um ramo que possui escolas interessadas relatar certos resultados.


A questão não é só a economia não ser uma ciência exata, o ponto que está sendo considerado aqui é que a própria concepção do que está sendo entendido é diferente conforme a escola a que se filia. Assim, ver déficit onde não tem é uma questão interpretativa não posta em debate muito grave.


Por exemplo, a criação da DRU dá conta de uma "incapacidade" do Estado em dar conta das suas despesas com o pagamento de juros e amortizações, retirando do orçamento com a manutenção e custeio dos serviços públicos valores essenciais para o pagamento com a dívida emitida. Você sabe o que é a DRU, ou como funciona o orçamento público do Estado? O vídeo abaixo pode ajudar a compreender melhor o funcionamento destas peças econômicas do seu país:


É mais um capítulo da história: "Estado mínimo - para a parte social, mas máximo para os ganhos econômicos".

O regime de metas, a prevalência da Dívida em relação aos Serviços Públicos, os Juros pagos pela Selic... tudo isso é resultado da interpretação econômica escolhida para gerir o nosso Estado, leia essa passagem da matéria:


(...) Desvinculação de Receitas da União (DRU), em 1994, ainda na gestão FHC. "Uma parcela significativa dos recursos originalmente destinados ao financiamento da Previdência foi redirecionada. Segundo cálculos da Associação Nacional de Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip), somente entre 2005 e 2014, um montante da ordem de R$ 500 bilhões foi retirado da Previdência via DRU",


As interpretações econômicas disputam nosso presente e dirigem nosso futuro, precisamos compreender quais interesses estão em jogo constantemente nos dados emitidos e publicizados. A soma dos dados é obviamente matemática, mas a escolha deles não.


Ana Paula Salviatti é colaboradora para o Caderno sem Pauta.


 
 
 

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